quinta-feira, julho 30, 2009

"So take me, don't leave me. Baby, love will come through it's just waiting for you"

Quando o conheci, logo notei que existia algo de mágico entre nós.
Dizer que "já sabia" é prepotente demais, mas a gente sente quando algo é diferente do comum. E ele era muito diferente do que pode ser encontrado por aí. Na verdade, nós éramos diferentes e tínhamos uma relação inexplicavelmente boa. Talvez por isso, o fim também foi abrupto e inexplicável. Tal qual a forma que ele chegou.

Quando o conheci, eu usava uma frase que fez muito sentido para o momento e, por isso, o título também poderia ser "I feel my luck could change". Certamente, minha sorte mudou depois dele.

Talvez eu não devesse me expor tanto, mas hoje bateu alguma esperança. Alguma fé que as coisas mudem, melhorem, me surpreendam. Ah, mudanças repentinas...
Eu sempre tive muito medo do inesperado até o dia em que alguém fantástico surgiu do nada, de um acaso do destino, então eu pude reavaliar o valor das 'surpresas' e 'mudanças'.
Ele me fez bem, por muito tempo. Dá até uma certa euforia reler as nossas mensagens, era tudo tão reciprocamente mágico, uma ligação tão bonita. Esses dias nos falamos e a conexão continua.
Talvez tenhamos outra chance. Talvez não.

"Tempo ao tempo" - como ele disse numa das nossas primeiras conversas.

quinta-feira, julho 16, 2009

"My today fell in from the top I dream of you and all the things you say..."

A verdade é que a minha vida é cheia de dramas e algumas comédias, de vez em quando, tem algum terror, mas o que me faz falta mesmo é um romance. Preciso de um romance e isso está impregnado na minha essência. Talvez seja por isso que não consigo imaginar uma existência solitária e completa, ao mesmo tempo.

Pra ser completa é preciso mais que uma parte, é necessário um encaixe. E é por isso que essa angústia não tem fim, porque parece que a cada dia está mais longe de achar a outra parte que me completa... é doloroso pensar que quando cheguei perto disso, bom, esse plano precisou ter um fim sem explicações explícitas.

Ah, às vezes, penso que estou fadada a entrar em relacionamentos com desfechos tristes por causa do meu gosto pela dor. Realmente, a dor física não me incomoda tanto como faz com as outras pessoas, não sei se masoquista seria uma boa definição, mas talvez esse seja apenas um reflexo do hábito de me machucar. E não falo dos machucados literais, mas daqueles na alma.

Confesso que, às vezes, essa despreocupação com dores físicas me preocupam porque eu tenho pensamentos auto-destrutivos quando me sinto emocionalmente abalada. E quando a dor física é proveniente de um abalo emocional é que dói de verdade, que sufoca, que machuca e, então, dá vontade de me machucar de verdade para que uma dor se sobreponha à outra. O medo é por não saber até onde tenho controle pra não me machucar de verdade. Sabe aquela história de que se você sente dor de cabeça, bata o pé no canto da mesa, assim sentirá mais a dor do pé e esquecerá a da cabeça? Pois é, é por aí a minha vontade de esquecer o que alguns pensamentos me causam.

Enfim, essa conversa tomou outros rumos. Ah sim, é porque tudo isso foi escrito num momento de dor latente, sufocante e angustiantemente sem fim. Devo ter mencionado anteriormente, mas tudo isso é fruto de uma pessoa desesperançosa. No momento.

segunda-feira, julho 06, 2009

"Eu fiz o meu melhor, guardei o meu pior pra mim..."

O problema foi exatamente esse. Eu fiz o meu melhor e guardei o meu pior pra mim. E por ter guardado tanta insegurança, tanto amargor e tão pouco amor próprio é que todos os dias, quando acordo sentindo um vazio que quase machuca eu tenho que culpá-lo. Sim, eu preciso colocar a culpa nele que me fez ser melhor, que me deu coragem pra seguir em frente e ousar sonhar, mas me deixou sozinha na estrada por algum motivo ainda desconhecido.
Como ele ousa fazer isso, mesmo sabendo que tenho medo do escuro, medo de gente e de solidão? Ele diz que se foi e não foi por não me amar, mas que motivo maior nos afastaria quando o laço que nos une é o amor?


Nessas horas, você duvida de Deus, de céu e do maldito amor.
Se Deus existe, ele não pode permitir que alguém se iluda tanto e depois se perceba sozinho, jogando a sua fé nas coisas e nos homens na lata do lixo.
Como acreditar num céu que só existe por rápidos segundos?
Pode ser apenas um sonho.
E amor, que tipo de sentimento pode cegar tanto, quase nos deixar loucos e depois nos amargurar tanto? Como algo que dizem ser tão belo pode fazer sofrer aqueles que o sentem?


Eu admiro quem tem fé nas coisas. Admiro mesmo e, ainda mais, nos dias de hoje... quando cada tentativa termina uma grande desilusão.
Bah, ando sem forças pra acreditar um pouco mais, mesmo sendo da minha essência sempre dar mais uma chance às coisas.
Existem histórias que nos enchem de esperança e vontade de tentar, mas essa última só me destruiu e me fez deixar de acreditar em mim mesma e no poder das coisas que eu quero realizar.
É que para alguns é difícil se desfazer de algumas idéias quando elas parecem tão apropriadas e se encaixam bem no rumo das coisas, mas, às vezes, é só isso que resta. É a tal lei do desapego que eu não consigo seguir.
Nessas horas, deve existir ao menos a esperança no amanhã.